Em 1996, em Rio Branco/AC, surgiu o Grupo de Mulheres Indígenas (GMI), atendendo aos anseios das mulheres indígenas que reivindicavam sua participação no movimento social indígena, sobretudo para o desenvolvimento de ações específicas voltadas para esse público. Teve início, a partir do GMI, o reconhecimento da importância do papel ativo e histórico da mulher indígena dentro e fora das aldeias.
As mulheres, então, passaram a desenvolver alguns trabalhos, fortalecendo ainda mais o seu papel dentro das aldeias: conscientização e combate da violência contra as mulheres, busca do espaço das mulheres indígenas nos cargos e comando das suas representatividades, realização de cursos sobre seus saberes tradicionais, dentre outras atividades.
Assim, surgiu a necessidade de organização e a busca de mecanismos legais para se fortalecer e ampliar seu horizonte de ações. Em maio de 2005, nasceu a Organização das Mulheres Indígenas do Acre e Sul do Amazonas e Noroeste de Rondônia – SITOAKORE, que foi criada para legitimar a organização social e firmar a bandeira de luta do movimento de mulheres indígenas.
A SITOAKORE é uma organização que se enraíza na defesa dos direitos sociais das mulheres indígenas, bem como na promoção e no fortalecimento econômico de suas atividades, como forma de garantir o espaço das mulheres nas diversas áreas de discussão que envolvem políticas direcionadas aos povos indígenas.
A SITOAKORE está presente em 10 municípios dos Estados do Acre, Sul do Amazonas e Noroeste de Rondônia, incluindo 18 povos, 37 terras e 458 aldeias indígenas, distribuídos em 17.000 (dezessete mil) indígenas entre homens, mulheres e crianças. É uma organização de direito privado, sem fins lucrativos.
A SITOAKORE é reconhecida pelas instituições governamentais e não governamentais, nacionais e internacionais. Este reconhecimento acontece através de parcerias e da realização de ações compartilhadas entre o Governo do Estado do Acre, o Governo Federal e os organismos internacionais, que promovem programas e projetos que consolidam as ações e que resultam em benefícios às aldeias indígenas, com foco prioritário nas mulheres.
PRINCIPAIS ÁREAS DE ATUAÇÃO:
- ARTESANATO
- PARTEIRAS
- PLANTAS MEDICINAIS
- SEGURANÇA ALIMENTAR